O Botafogo
arrancou uma bela vitória do Flamengo, neste domingo, depois de 13 anos sem
vencer esse clássico, pelo menos no campeonato brasileiro. Resultado que
colocou o Glorioso na segunda colocação da tabela.
Em clássico tudo
pode acontecer, mas dessa vez o Botafogo estava mais preparado. Mesmo que não
desse para perceber.
O Flamengo vem na
raça, no embalo da “nação”, e até mesmo no “bom momento” que vive. Desde que
Jayme de Almeida assumiu, essa é a primeira derrota da equipe rubro-negra.
O Botafogo é mais
técnica, poder de decisão. Melhor fisicamente e psicologicamente, além de
brigar por uma vaga na libertadores. Um time forte, com objetivos grandes, sabe
o que quer. Uma vitória que não merece questionamentos.
Porém, algo me
chamou a atenção junto a isso.
Em meio a tanta
comemoração, euforia e gritos de vitória, percebi um amigo, botafoguense, um
pouco mais centrado do que os outros, meio pensativo. O que será que passava
naquela mente? Um momento único.
Curioso, como
sempre, fui perguntar:
– “Fulano”, porque não comemora como todo
mundo? O que está fazendo parado aí?
Ele, um pouco
assustado com minha cobrança, respondeu:
– Estou PREOCUPADO com o Botafogo.
Sem entender
direito, perguntei o motivo. A resposta dele foi objetiva:
– Ganhamos hoje, mas ainda tem a Copa do
Brasil, dia 23. No “mata-mata” o Flamengo é diferente. O Botafogo é o mesmo, o
Fla não. Não sei não. Estou preocupado de verdade.
Respondi,
cumprimentei e sai, também pensativo.
De certa forma, eu
entendo o garoto. Os elencos alvinegros, anteriores a este, fizeram questão de
se mostrarem inferiores aos demais, não honraram a camisa que vestiam. Porém, faltou confiança.
O Flamengo,
realmente, muda muito quando se trata de um ‘mata-mata”. A torcida empurra,
vibra, grita, empolga. Tudo isso contagia quem está em campo.
No Brasileiro, as
realidades são até diferentes. Um briga por libertadores, o outro não aspira
grandes coisas. Opostos. Na Copa do Brasil, a coisa muda. Todos são “iguais”.
O Botafogo é muito
capaz, o Fla também.
Seja como for,
vale muito a preocupação do “Fulano”.
Abs.,
David Tavares
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