Que jogo, que
título, que festa. O Flamengo venceu o Atlético PR por 2 a 0 e se
sagrou tricampeão da Copa do Brasil. Com a humildade dos jogadores e a moderada
soberba de quem acompanhou da arquibancada, o rubro negro fez o Brasil tremer.
Também pudera. Quase 70 mil no “Maraca” e milhões espalhados pelo mundo, o
grito ecoava como se estivéssemos em um universo paralelo, e estávamos.
Um mundo
diferente, similar ao olimpo, onde existem deuses dos mais variados. De Dionísio a
Hera, onde a mistura das tribos se tornou marca. Do rico, que pode pagar
R$ 500,00, ao pobre que compra o picolé torcendo para o palito ser premiado.
Foi claro que o
gigante, que um dia comportou duzentas mil pessoas, hoje com 70, assustou os
atleticanos que, provavelmente, torceram pra não encontrar o Flamengo na final.
Triste, fraco, e claramente impotente contra os deuses do futebol, que claro,
são rubro-negros.
Como Zeus, que é o
deus principal, governante do Monte Olimpo, rei dos deuses e dos homens, assim
é o Flamengo, hoje, rei do Brasil. Forte, opressor e muitas vezes soberbo, por
seus títulos e glória.
Dorival não engrenou. Mano, não acreditou, por achar que os jogadores não entenderam
suas mirabolantes filosofias. Jayme, talvez pela humildade, segurou as pontas
como chance da vida, prato de comida. Como Andrade em 2009, deu certo. Aos
trancos e barrancos, na raça, na camisa, conquistou.
Ninguém
poderia acreditar que o limitado time do Flamengo chegaria nessa final ou que
conquistaria o tal título. Mas mesmo assim, estavam lá, vibrando, cantando e
sustentando o time em campo. A cada gol, eram registrados tremores de terra.
Era difícil.
Mas parece que é assim que eles gostam. Quando não acreditam, vão lá e provam
exatamente o contrário. Efeito reverso.
As
competições são diferentes. Os títulos também. Mas no fim, o recado é sempre o
mesmo: Flamengo é Flamengo. Quando chega...
E chegaram.
Os que
não acreditam na tal força dos deuses, questionam, zombam, ou procuram defeitos
ao invés de viverem, sentirem.
Acreditem,
ateus! Flamengo existe.
David Tavares.
Nenhum comentário:
Postar um comentário