terça-feira, 3 de março de 2015

Zico de todos

No mundo do futebol existem deuses de todos os tipos, cores, modos e linhagens. Uns fortes, outros fracos, mas de toda forma, deuses. Alguns superam a esfera da denominação e mesmo com humildade, se tornam criaturas da mais pura linhagem, raça única, sem mácula, sem ruga. E Arthur Antunes Coimbra, o Zico, é um desses deuses da bola. Nesta terça-feira, dia 3 de Março, completou 62 anos e não há como não prestar culto a tal data e figura honrosa. 

Zico é um deus popular, aquele que encantou no toque de lado, na virada de jogo, na matada do peito; aquele que jogava sem a intenção de impressionar, e por isso mesmo impressionou, impactou, assustou. Ai dos goleiros que se viam frente a frente com o Galinho de Quintino: era bola no canto, arqueiro no outro, sem chance. Zico fazia de uma simples partida, um espetáculo a parte, tratava o Maracanã como seu palco, um teatro quase sempre lotado.   

A reverência a ídolos máximos é algo irretocável. Neste país, quiçá no mundo, todos deveriam, como meros mortais, se prostrar perante a genialidade desse deus mitológico que é o Galinho. Seja qual for o seu time, cor, raça ou religião, saiba que esse deus existe e o culto não é mais que obrigação. Mas fique tranquilo, no meio de tantos mortais que fingem ser deuses, Zico é um deus que se faz mortal, democrático e de todos! 

Parabéns, Zico. 

David Tavares 
Twitter: @davidltavares

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Eurico, esquece o Flamengo

Desde o retorno de Eurico Miranda ao Vasco da Gama, tudo que se ouviu falar foi em sua rivalidade com o Flamengo. De acordo com o poderoso chefão, vencer o rubro-negro é um título à parte. Uma pergunta começou a perambular o bom senso vascaíno: de que adianta vencer 1 jogo e perder outros 37? Nada. Essa fissura do atual-antigo presidente cruz-maltino pelo Flamengo, só atrapalha o caminho que o Vasco tem por ideal, é mais um problema a ser resolvido.

Enquanto o clube perde em vários aspectos - desde de política a credibilidade - o dirigente insiste em alimentar tal rivalidade, dando mídia, espaço nos jornais e no clube. Tenho pra mim que Eurico Miranda é flamenguista, daqueles que usam pijama e tudo, pois se encaixa perfeitamente no ditado que as vovozinhas espalhadas por esse Brasil criaram: quem desdenha quer comprar.

Até acredito que entre um tapa na mesa e outro, uma bravata ou outra, as vezes, ele pensa no Vasco, em seus interesses, nos seus ideais, mas sempre enfrentado o Flamengo. Melancólico, não?

Sua volta ao clube, ao qual declara tanto amor, foi festejada por muitos e rejeitados por outros tantos, mas que concordam em um único ponto e pedem:  Eurico, esquece o Flamengo.


David Tavares

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Papo com deus!

No mundo do futebol existem deuses de todos os tipos, cores, modos e linhagens. Uns fortes, outros nem tanto assim, mas de toda forma, deuses. Alguns superam a esfera de denominação e mesmo que com a mais tenra humildade, se tornam criaturas da mais pura linhagem, raça única, sem mácula, sem ruga. E Arthur Antunes Coimbra, mais conhecido como Zico, é um desses deuses da bola. Quem acompanha o meu blog sabe das minhas preferências no futebol, mas sabe também, que minha reverência a ídolos máximos é algo irretocável. Neste país, quiçá no mundo, todos deveriam, como meros mortais, se prostrar perante a genialidade desse deus mitológico que é o Galinho. E hoje eu tive um papo com deus, pra minha sorte.

Atualmente Zico treina o Football Club de Goa, clube da cidade de Goa, na Índia, que começou a jogar em 15 de outubro de 2014, durante a temporada inaugural da Super League indiana. No último sábado ganhou a primeira e saiu da lanterna da competição. São três derrotas, um empate, e essa vitória contra o Delhi Dynamos FC por 2 a 1, de virada, com um gol nos acréscimos. E parece que a primeira vitória empolgou Zico, já que minha primeira pergunta foi em relação ao futebol indiano e essa experiência vivida por ele.

“Por aqui está tudo muito bem. Temos uma ótima atmosfera do futebol, respiramos isso. Pra se ter uma ideia, a audiência dos jogos televisionados superou os números da Copa do Mundo no Brasil”, explicou.

Sobre a primeira vitória, o galinho se mostrou esperançoso com o time e o quanto pode chegar longe no campeonato.

“Nosso time, apesar de estar jogando muito bem, está finalizando mal. Esse é um dos motivos de só termos vencido uma partida. Mas, caso vençamos amanhã, daremos um salto muito bom na classificação”, acrescentou Zico.

O Galo está feliz da vida! E não é o Galo de Minas. Figura carimbada e importantíssima nos duelos entre Flamengo e Atlético Mineiro nos anos 80, onde a rivalidade se construía aos poucos em jogos mais do que disputados, Zico falou sobre a época e aproveitou para deixar um palpite para o jogão de hoje á noite no Mineirão, pela semifinal da Copa do Brasil.

“Sobre Flamengo e Atlético Mineiro sempre foi jogão, principalmente na época em que era base da Seleção Brasileira de Telê Santana. Dava gosto. E em relação ao jogo de hoje, acho que dá 1x1 e o Flamengo vai pra final”, disse o maior jogador da história rubro-negra.

Por fim, falar com alguém desse quilate não é todo dia. É de se valorizar. Seja qual for o seu time, cor, raça ou religião, saiba que esse deus existe e é gente fina demais. No meio de tantos mortais que se acham deuses, Zico é um deus que se faz de mortal.

David Tavares