terça-feira, 3 de março de 2015

Zico de todos

No mundo do futebol existem deuses de todos os tipos, cores, modos e linhagens. Uns fortes, outros fracos, mas de toda forma, deuses. Alguns superam a esfera da denominação e mesmo com humildade, se tornam criaturas da mais pura linhagem, raça única, sem mácula, sem ruga. E Arthur Antunes Coimbra, o Zico, é um desses deuses da bola. Nesta terça-feira, dia 3 de Março, completou 62 anos e não há como não prestar culto a tal data e figura honrosa. 

Zico é um deus popular, aquele que encantou no toque de lado, na virada de jogo, na matada do peito; aquele que jogava sem a intenção de impressionar, e por isso mesmo impressionou, impactou, assustou. Ai dos goleiros que se viam frente a frente com o Galinho de Quintino: era bola no canto, arqueiro no outro, sem chance. Zico fazia de uma simples partida, um espetáculo a parte, tratava o Maracanã como seu palco, um teatro quase sempre lotado.   

A reverência a ídolos máximos é algo irretocável. Neste país, quiçá no mundo, todos deveriam, como meros mortais, se prostrar perante a genialidade desse deus mitológico que é o Galinho. Seja qual for o seu time, cor, raça ou religião, saiba que esse deus existe e o culto não é mais que obrigação. Mas fique tranquilo, no meio de tantos mortais que fingem ser deuses, Zico é um deus que se faz mortal, democrático e de todos! 

Parabéns, Zico. 

David Tavares 
Twitter: @davidltavares