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terça-feira, 21 de maio de 2013

Torcedor que ladra, não morde!



Um torcedor do Argentinos Juniors, mais que revoltado com a derrota por 3 a 1 do seu time para o Belgrano, em jogo válido pelo Campeonato Argentino de futebol na noite desta segunda-feira, resolveu manifestar a sua fúria de forma muito inusitada: O cara, atirou a própria dentadura no gramado! 

Não acredita? Eu imagino. Tive a mesma reação!

O Argentinos Juniors está ameaçado de rebaixamento. Se encontra na última colocação. (O Belgrano é o nono colocado).

Para nossa alegria, a "Fútbol para Todos", responsável pela transmissão da partida, publicou um vídeo no YouTube mostrando tudo que aconteceu:

Abs.,
David Tavares.

domingo, 19 de maio de 2013

Elefantes de Ouro Branco.


Olá para você que está chegando aqui agora. Provavelmente, não tem muita coisa para fazer, né? Sei que sim. Se não, com toda certeza não estaria aqui. Portanto, vamos ao texto.

Antes de começar escrever qualquer coisa, quero deixar claro três pontos:

* Tenho vergonha de escrever sobre isso.
* Tenho nojo de tudo isso que está acontecendo no Brasil.
* Gostaria de aproveitar o momento para anunciar que estou vendendo uma bicicleta Caloi 10, seminova. Sou o primeiro dono. Apenas 35km rodados.

Neste Sábado (18/05/2013), foi reinaugurado oficialmente o Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha, com a final do Campeonato do Distrito Federal. Esse JOGÃO definiu o Brasiliense como Campeão Candango de 2013, com a vitória sobre o Brasília, por 3 a 0. Porém, isso é o que menos importa agora. Essa festa toda é só um detalhe.

Com atrasos nas obras, o estádio Mané Garrincha foi entregue com 97% das obras concluídas. Porém, o que me chamou mais atenção e deveria chamar a sua também, são os baixíssimos índices de público na região. O local recebeu uma Arena para 71.400 espectadores, FINANCIADA PELOS COFRES PÚBLICOS (Seu dinheiro, meu dinheiro, do seu Pai, da sua Mãe, da sus prima, etc.). Onde o gasto estimado seria de R$ 600 mil (o que já é um absurdo sem precedentes), já gira em torno de R$ 1,3 bilhão, sem contar a parte externa do estádio. O candidato a Elefante Branco é o segundo maior e mais caro do país, atrás do Maracanã. (Pausa para beber uma água. Passando mal já. Nojento.)


Estádio Mané Garrincha.
O palco da estreia da seleção brasileira, contra o Japão, Brasília convive com estádios SEMPRE VAZIOS. Somados, os campeonatos brasilienses da 1ª divisão dos últimos dois anos levaram 116.117 pessoas a 152 partidas: uma média de 763 PESSOAS POR JOGO. Não é suficiente para encher duas vezes o novo Mané Garrincha. (A propósito, o ídolo do Botafogo deve estar se revirando no túmulo por ter seu nome envolvido com tanta mentira e roubalheira). Tentando resumir, todo esse dinheiro ficará passeando por Brasília por muitos e muitos anos.

Não quero nem escrever muito sobre a Arena Amazônia, em Manaus, a Arena Pantanal, em Cuiabá, e o Estádio das Dunas, em Natal, todos com cerca de 42 mil lugares. Mesmo diante da incerteza sobre o futuro uso desses estádios, os valores investidos neles alcançaram cifras exorbitantes. O estádio de Cuiabá custará 519 milhões de reais; o de Manaus chegará a 515 milhões; e o de Natal, a 350 milhões. 

Foto ilustrativa - Arena Amazônia
A grande capacidade desses estádios contrasta com as médias de público das séries B, C e D do Campeonato Brasileiro. As divisões inferiores do Brasileirão têm médias que oscilam entre 2.100 mil a 4.500 mil torcedores. Isso me assusta. Porém, o governo federal defende que, dada a grandiosidade do evento, a construção nesses estados de arenas para a Copa era imprescindível. A verdade é que tudo ainda é uma incógnita.

O que vão fazer com esses quatro estádios que citei após a copa? Tanto dinheiro gasto nesses futuros ELEFANTES BRANCOS. Ou seria ouro branco? Tinha realmente essa necessidade como afirmou o governo federal? Vão trazer oportunidades, jogos de outros estados? Não sei. Veremos.

Perguntas que vão demorar anos para serem respondidas.

Até lá, veremos no que dá!

Abs.,
David Tavares

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Bombardeio que não faz mal.

O futebol mudou. Ficou mais dinâmico, mais corrido, mais caro... Vivemos em meio a contratos milionários e de patrocínios Masters, que aos poucos vão tomando conta do esporte, de maneira que nem de longe conseguiríamos segurar. Mas quem disse que isso é ruim? Não sei. Me diz você. Até porque, se fosse ruim, não tinha empresa se matando por um espaço na camisa de um clube. Por isso resolvi fazer uma pesquisa e falar sobre a paixão dos torcedores em relação a camisa, e como as empresas se utilizam dessa paixão. 

Espero que você goste. Se não gostar, comenta lá no seu espaço, ou volta a fazer o que você gosta. Vamos lá.

O grande interesse das empresas e o resultado que elas buscam é o reconhecimento, memorização, aproximação e vendas junto a este grande público consumidor. Empresas e marcas líderes costumam privilegiar esta área, aproveitando-se da boa imagem de atletas ou equipes esportivas junto à opinião pública, gerando resultados extremamente positivos para suas imagens. Antônio Afif, em seu recente livro "A bola da vez - o marketing esportivo como estratégia de sucesso", mostra que o marketing esportivo "cai como uma luva", pois é o momento em que se pode atingir o espectador (consumidor) em seu momento de lazer, quando está aberto à mensagem da empresa e seus produtos. Geralmente, se pega a pessoa desprevenida.


 A Nike, por exemplo, possui contratos muito valiosos para empresa. Ela começa a patrocinar os clubes a partir do momento que ele se destaca em alguma ou outra competição. Nunca se agrega a times de imagem fracassada, ou de imagem deturpada.



 “Além das vendas, a tática de unir a empresa ao esporte gera o rejuvenescimento da marca, devido ao efeito que o esporte produz entre os jovens. O fato de inserir uma marca na camisa de uma equipe cria uma relação de cumplicidade da empresa com a performance esportiva, recebendo toda a credibilidade obtida pelos atletas. Com o bom desempenho do time ou dos atletas, as pessoas que até então se mostravam impassíveis quanto à marca que as patrocina passam a construir uma imagem positiva da empresa. Entretanto, quando um jogador apresenta um comportamento inadequado, o patrocinador poderá ter sua imagem afetada, mesmo que indiretamente” (AFIF, 2000).


A diferenciação das demais marcas é um fator que influencia bastante. Conseguir credibilidade atualmente não é tão fácil. De acordo com Melo Neto (2003) neste mercado globalizado cada vez mais competitivo se torna necessário a diferenciação dos concorrentes de modo a obter maior credibilidade, agregando maior valor a marca, maior exposição na mídia, comunicando-se diretamente com o público target, popularizando a marca e afirmada liderança e força da marca.


Time Inglês - Arsenal

Mas antes mesmo de se aliar ao clube, ou colocar um patrocínio na camisa de um time, a empresa responsável pela marca deve pesquisar o suficiente para saber se a sua marca é bem vista pelos torcedores daquele time. Caso a marca não seja bem vista pelos torcedores ou por todos que visualizarão a imagem, pode causar uma grande rejeição atrapalhando o decorrer do time ou a parceria com tal marca.


Ainda de acordo com Melo Neto (2000), “o patrocínio tem como características fundamentais a valorização juntamente com o posicionamento da marca patrocinadora nos mercados-alvo, apresentando três objetivos fundamentais: a melhoria da comunicação da empresa com seus  clientes e parceiros, a valorização e potencialização da marca e o aumento das vendas.”


No Brasil o maior sucesso foi o da Parmalat quando firmou contrato com o Palmeiras. A sequência de títulos conquistados pelo time e a seriedade da gestão no departamento de futebol geraram uma imagem de credibilidade na opinião pública. A projeção da multinacional italiana foi marcante principalmente na mídia. Entre jogos televisionados do time, melhores momentos das partidas realizadas e reportagens na TV em 1999, a empresa esteve evidenciada durante 645 minutos no vídeo. Isso sem levar em conta os momentos em que esteve em mais de uma emissora de TV. Na mídia impressa a marca esteve presente em mais de 120 reportagens durante o ano de 1998. 

Palmeiras e River Plate  - 1999.
Outro exemplo de visibilidade marcante aconteceu durante o segundo jogo pela Copa Libertadores da América ocorrido em maio de 1999.O jogo que pôs em campo o Palmeiras e River Plate proporcionou à Parmalat mais de 214 aparições na tela da Globo, totalizando 11 minutos e 39 segundos; o equivalente a dois meses de investimentos no clube. A co-gestão esportiva é uma estratégia que permite a participação ativa do patrocinador a administração do esporte de uma equipe, preservando a tradição do clube.

No entanto, no patrocínio esportivo especificamente, os principais objetivos são potencializar a marca, devido ao intenso apelo do esporte na mídia e a dimensão do mercado e, o ganho de atributos pela marca, por meio da associação do nome da empresa aos atletas, eventos e equipes.
 "A credibilidade é um dos fatores fundamentais no marketing, pois a partir do momento que o consumidor acredita no produto, a sua relação com a empresa se torna mais próxima de um marketing de relacionamento, que é a ligação que todas as instituições procuram". (Cesar Augusto Sbrighi)

De 1995 a 2005 o mercado brasileiro de esportes movimentou cerca de US$ 9,5 bilhões, superando o total investido em mídia em todo o país – US$ 6 bilhões.

Segundo o Professor da Universidade Candido Mendes, André Salvador, lidar com a emoção dos torcedores é a grande fascinação do Marketing Esportivo. É uma forma muito mais simpática e envolvente de se comunicar, diferentemente do bombardeio diário e alucinante das milhares de mensagens publicitárias. É o momento em que o torcedor, vibra, discute, participa e principalmente, consome. Como disse no início, o futebol atinge a alma, o coração e se bem fundida com o marketing, atinge o bolso.

“Só o futebol permite que você sinta aos 60 anos exatamente o que sentia aos 6. Todas as outras paixões infantis ou ficam sérias ou desaparecem, mas não há uma adulta de ser apaixonado pelo futebol...”
(Veríssimo Estadão)



O Patrocínio Esportivo assegura os maiores retornos de mídia por valor investido, gerando, consequentemente, maior presença no mercado. O retorno no que se refere às vendas, no entanto, poderá ser medido de acordo com a "fama" da marca já existente. Portanto, mesmo que as vendas tenham dobrado durante uma campanha, isso não significa necessariamente um resultado positivo da ação. Mas, de certa forma, o maior crédito será atribuído a tal investimento.


Apresentação da CAIXA no uniforme do Flamengo


Em contraponto, o outro aspecto que geralmente preocupa possíveis investidores é o reflexo que uma derrota pode exercer à empresa que mantém seu nome ligado ao atleta ou à equipe. Nesse sentido, Afif acredita que a marca não sofre nenhuma influência no resultado da atividade, principalmente se este for negativo. "É claro que quando a equipe vence um partida muito importante, o retorno sofre ligeiro aumento. Nas derrotas, no entanto, o desempenho não é abalado", garante o autor.


Não podemos negar que tudo é dinheiro, então as empresas se aproveitam cada dia mais do amor do torcedor para “atacar” mesmo que sutilmente todos que estão em volta, inclusive às mídias como jornais, televisão e Internet.  Porém, se está rendendo a clube, o torcedor adota com amor.

Viva o  empreendedorismo‎!

Abs,

David Tavares.