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segunda-feira, 27 de maio de 2013

Uma enorme perda!


Neymar.
Uma hora todos nós sabíamos que ele iria, e foi. O “moicano da vila” como é chamado, Neymar se despediu do Santos e do futebol brasileiro (pelo menos por enquanto). Um simples 0 a 0 no Mané Garrincha em Brasília, onde se pôde ver a estreia do ofuscado Marcelo Moreno pelo Flamengo, recorde de arrecadação em uma só partida (seis a sete milhões de reais), e mesmo sendo mando do Santos, 95% da torcida era rubro-negra. E só para lembrar que para essa partida foram vendidos os ingressos mais caros da história do Brasileirão, R$ 160,00 o mais barato. Enfim...

O Craque da Vila, que para falar a verdade é uma de nossas esperanças para a Copa das Confederações e Copa do mundo de 2014, fechou contrato com o Barcelona por cinco anos. O time da Catalunha, que acompanha o Neymar desde os 12 anos de idade nas categorias de base do Santos, venceu a grande queda de braços pelo atacante.

O Santos recusou dezenas de propostas pelo jogador durante OITO ANOS. Tenho que aplaudir de pé a aula dada ao futebol brasileiro de como segurar jogador no Brasil jogando em alto nível. Lutou bravamente.

Sinceramente, fiquei triste pela venda do Neymar. E digo isso não só por mim, mas também pelo futebol brasileiro que perde um monstro dentro de campo. Posso dizer que nesse momento nosso futebol chora. Chora pela perda de um astro, um jogador técnico, de jogadas fáceis e que fazia valer cada centavo do ingresso com seu jeito “abusado” de jogar bola.

Sei que estava na hora dele partir, mas é tão ruim saber que não veremos mais o craque em nossos estádios, enchendo de brilho nossos campeonatos. Saber que tínhamos um grande jogador brilhando no mundo, e o mais incrível: Jogando aqui no Brasil. Vamos fazer o quê? Nada, porque infelizmente a vida é assim. Agora, te veremos só pela televisão. Mas tenho que agradecer por ter ficado o tempo em que aguentou, por estar indo não só pelo dinheiro, mas por ter colocado um sonho na decisão final. Isso basta.

Espero que ele seja muito feliz em Barcelona e que possa aperfeiçoar ainda mais o seu futebol parar reforçar a seleção brasileira na Copa de 2014. Com toda certeza o futebol dele fará falta aqui. Muita falta.

Valeu Neymar!

Abs,
David Tavares.

domingo, 19 de maio de 2013

Elefantes de Ouro Branco.


Olá para você que está chegando aqui agora. Provavelmente, não tem muita coisa para fazer, né? Sei que sim. Se não, com toda certeza não estaria aqui. Portanto, vamos ao texto.

Antes de começar escrever qualquer coisa, quero deixar claro três pontos:

* Tenho vergonha de escrever sobre isso.
* Tenho nojo de tudo isso que está acontecendo no Brasil.
* Gostaria de aproveitar o momento para anunciar que estou vendendo uma bicicleta Caloi 10, seminova. Sou o primeiro dono. Apenas 35km rodados.

Neste Sábado (18/05/2013), foi reinaugurado oficialmente o Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha, com a final do Campeonato do Distrito Federal. Esse JOGÃO definiu o Brasiliense como Campeão Candango de 2013, com a vitória sobre o Brasília, por 3 a 0. Porém, isso é o que menos importa agora. Essa festa toda é só um detalhe.

Com atrasos nas obras, o estádio Mané Garrincha foi entregue com 97% das obras concluídas. Porém, o que me chamou mais atenção e deveria chamar a sua também, são os baixíssimos índices de público na região. O local recebeu uma Arena para 71.400 espectadores, FINANCIADA PELOS COFRES PÚBLICOS (Seu dinheiro, meu dinheiro, do seu Pai, da sua Mãe, da sus prima, etc.). Onde o gasto estimado seria de R$ 600 mil (o que já é um absurdo sem precedentes), já gira em torno de R$ 1,3 bilhão, sem contar a parte externa do estádio. O candidato a Elefante Branco é o segundo maior e mais caro do país, atrás do Maracanã. (Pausa para beber uma água. Passando mal já. Nojento.)


Estádio Mané Garrincha.
O palco da estreia da seleção brasileira, contra o Japão, Brasília convive com estádios SEMPRE VAZIOS. Somados, os campeonatos brasilienses da 1ª divisão dos últimos dois anos levaram 116.117 pessoas a 152 partidas: uma média de 763 PESSOAS POR JOGO. Não é suficiente para encher duas vezes o novo Mané Garrincha. (A propósito, o ídolo do Botafogo deve estar se revirando no túmulo por ter seu nome envolvido com tanta mentira e roubalheira). Tentando resumir, todo esse dinheiro ficará passeando por Brasília por muitos e muitos anos.

Não quero nem escrever muito sobre a Arena Amazônia, em Manaus, a Arena Pantanal, em Cuiabá, e o Estádio das Dunas, em Natal, todos com cerca de 42 mil lugares. Mesmo diante da incerteza sobre o futuro uso desses estádios, os valores investidos neles alcançaram cifras exorbitantes. O estádio de Cuiabá custará 519 milhões de reais; o de Manaus chegará a 515 milhões; e o de Natal, a 350 milhões. 

Foto ilustrativa - Arena Amazônia
A grande capacidade desses estádios contrasta com as médias de público das séries B, C e D do Campeonato Brasileiro. As divisões inferiores do Brasileirão têm médias que oscilam entre 2.100 mil a 4.500 mil torcedores. Isso me assusta. Porém, o governo federal defende que, dada a grandiosidade do evento, a construção nesses estados de arenas para a Copa era imprescindível. A verdade é que tudo ainda é uma incógnita.

O que vão fazer com esses quatro estádios que citei após a copa? Tanto dinheiro gasto nesses futuros ELEFANTES BRANCOS. Ou seria ouro branco? Tinha realmente essa necessidade como afirmou o governo federal? Vão trazer oportunidades, jogos de outros estados? Não sei. Veremos.

Perguntas que vão demorar anos para serem respondidas.

Até lá, veremos no que dá!

Abs.,
David Tavares