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terça-feira, 28 de maio de 2013

No vitória e na derrota!


Essa é  visão de um Corintiano sobre a montanha russa de emoções e sentimentos que o Corinthians despertou nele e mais 30 milhões de pessoas pelo Brasil e mundo afora, na semana do título Paulista.

Alex (torcedor do Corinthias)
"Analisando tecnicamente o Corinthians campeão da Libertadores de 2012 e o atual, é nítido que evoluímos, pois não perdemos nenhuma referência do elenco e acrescentamos Pato, Gil e Renato Augusto. Sendo assim, esperávamos com ansiedade pela Libertadores e o sonho do bi.


Fizemos uma primeira fase razoavelmente bem, enquanto no modorrento Campeonato Paulista (19 rodadas para definir os oito classificados) foi sendo empurrando com a barriga. Classificamos-nos em 1º do grupo na Libertadores e em 5º lugar no Paulista, o que nos  faria sempre disputar a partida decisiva como visitante no campeonato estadual.

Passamos sem sustos pela Ponte Preta nas quartas de final com um 4 a 0 , e na Libertadores o chaveamento nos ofereceu o Boca Jrs... Mesmo adversário do nosso primeiro título continental! Bom sinal?

Na semi do Paulista, pegamos o nosso maior rival atualmente, São Paulo, e num jogo pra lá de chato, conquistamos a vaga nos pênaltis após um 0 x 0 no tempo normal, com direito a uma histórica adiantada de Rogério Ceni.



Enquanto isso perdemos o 1º jogo das oitavas para o Boca em La Bombonera por 1a 0, em um jogo onde o Corinthians foi medroso e não mostrou  ¼ do seu futebol... Mas, ainda tinha o jogo de volta, e o Corinthians, plenas condições de arrasar o 18º colocado do campeonato argentino.

Voltando ao Paulistão, iriamos nos defrontar com o Santos na finalíssima, primeiro jogo no Pacaembu e o segundo na Vila.

No Pacaembu, tivemos a chance de acabar com o campeonato. Perdemos muitos gols e acabamos por sofrer um tento no final, acabando e 2 a 1.

E agora sim, finalmente,  havia chegado a semana decisiva! Que agonia!

Era a hora de trucidar o Boca!

E naquela quarta, 15/05/2013, o velho Paca tremia! Mas o Corinthians não!



Apesar de não apresentar um futebol primoroso, com 07 min de jogo o Sr. Amarilla, grande juiz, não deu um PENÂLTI CLARÍSSIMO, onde o Sheik estava pronto para fazer o gol e o zagueiro Marin meteu a mão na bola como se fosse um jogador de vôlei! Quando o árbitro erra por questões interpretativas, podemos relevar, mas quando erra por má colocação é demais!



E aos 30 min, anularam um gol legítimo do Romarinho. Onde o mesmo estava dois metros atrás do último zagueiro.

E para piorar, na sequência da jogada, Riquelme, aquele que já não tem fôlego, não corre, mas nunca perdeu a técnica, foi cruzar (como ele mesmo assumiu) e encobriu o grandalhão Cássio.

Pronto. O drama estava começava ali. Agora precisaríamos de três gols!

Voltamos bem para a segunda etapa, Paulinho fez o primeiro logo aos 06 min!

Aos 15, mais um de Paulinho! Massss... o árbitro mais uma vez marca equivocadamente impedimento!

A pressão continuou. Bola na trave, defesa do goleiro e mais um pênalti em cima de Sheik...

Mas como tudo tem um fim, o jogo teve o seu...

Corinthians 1 x 1 Boca Jrs.

Ao final da partida a Fiel deu um show nas arquibacandas, mostrando todo apoio ao time. Coisa que em outros tempos jamais ocorreria. Mas, ficou um gosto amargo, poderíamos mais! O árbitro não deixou e o nervosismo também não! Vide o Pato quase no final do jogo, perdendo gol feito.


Porém, ainda nos restava a final do Paulista contra o time do Neymar. E lá fomos nós à Vila!

Jogamos bem e não deixamos o Peixe jogar.

Somos campeões paulistas 2013... ASSIM MESMO, SEM DETALHES.

Sabe por quê!?

Porque é assim que o corintiano se sentiu. Assim que eu me senti.

O campeonato paulista já perdeu o seu charme, com sua fórmula esdrúxula de disputa e o nosso foco total era a Libertadores. No final das contas, o Estadual foi o nosso consolo para a decepção do meio de semana. Mas é vida que segue, sábado começou o Brasileirão, empatamos com o Botafogo em 1 a 1 e agora sim vamos com foco e força total!

VAI CORINTHIANS!"
(Alex - Torcedor do Corinhias)

Abs.,

David Tavares

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Bombardeio que não faz mal.

O futebol mudou. Ficou mais dinâmico, mais corrido, mais caro... Vivemos em meio a contratos milionários e de patrocínios Masters, que aos poucos vão tomando conta do esporte, de maneira que nem de longe conseguiríamos segurar. Mas quem disse que isso é ruim? Não sei. Me diz você. Até porque, se fosse ruim, não tinha empresa se matando por um espaço na camisa de um clube. Por isso resolvi fazer uma pesquisa e falar sobre a paixão dos torcedores em relação a camisa, e como as empresas se utilizam dessa paixão. 

Espero que você goste. Se não gostar, comenta lá no seu espaço, ou volta a fazer o que você gosta. Vamos lá.

O grande interesse das empresas e o resultado que elas buscam é o reconhecimento, memorização, aproximação e vendas junto a este grande público consumidor. Empresas e marcas líderes costumam privilegiar esta área, aproveitando-se da boa imagem de atletas ou equipes esportivas junto à opinião pública, gerando resultados extremamente positivos para suas imagens. Antônio Afif, em seu recente livro "A bola da vez - o marketing esportivo como estratégia de sucesso", mostra que o marketing esportivo "cai como uma luva", pois é o momento em que se pode atingir o espectador (consumidor) em seu momento de lazer, quando está aberto à mensagem da empresa e seus produtos. Geralmente, se pega a pessoa desprevenida.


 A Nike, por exemplo, possui contratos muito valiosos para empresa. Ela começa a patrocinar os clubes a partir do momento que ele se destaca em alguma ou outra competição. Nunca se agrega a times de imagem fracassada, ou de imagem deturpada.



 “Além das vendas, a tática de unir a empresa ao esporte gera o rejuvenescimento da marca, devido ao efeito que o esporte produz entre os jovens. O fato de inserir uma marca na camisa de uma equipe cria uma relação de cumplicidade da empresa com a performance esportiva, recebendo toda a credibilidade obtida pelos atletas. Com o bom desempenho do time ou dos atletas, as pessoas que até então se mostravam impassíveis quanto à marca que as patrocina passam a construir uma imagem positiva da empresa. Entretanto, quando um jogador apresenta um comportamento inadequado, o patrocinador poderá ter sua imagem afetada, mesmo que indiretamente” (AFIF, 2000).


A diferenciação das demais marcas é um fator que influencia bastante. Conseguir credibilidade atualmente não é tão fácil. De acordo com Melo Neto (2003) neste mercado globalizado cada vez mais competitivo se torna necessário a diferenciação dos concorrentes de modo a obter maior credibilidade, agregando maior valor a marca, maior exposição na mídia, comunicando-se diretamente com o público target, popularizando a marca e afirmada liderança e força da marca.


Time Inglês - Arsenal

Mas antes mesmo de se aliar ao clube, ou colocar um patrocínio na camisa de um time, a empresa responsável pela marca deve pesquisar o suficiente para saber se a sua marca é bem vista pelos torcedores daquele time. Caso a marca não seja bem vista pelos torcedores ou por todos que visualizarão a imagem, pode causar uma grande rejeição atrapalhando o decorrer do time ou a parceria com tal marca.


Ainda de acordo com Melo Neto (2000), “o patrocínio tem como características fundamentais a valorização juntamente com o posicionamento da marca patrocinadora nos mercados-alvo, apresentando três objetivos fundamentais: a melhoria da comunicação da empresa com seus  clientes e parceiros, a valorização e potencialização da marca e o aumento das vendas.”


No Brasil o maior sucesso foi o da Parmalat quando firmou contrato com o Palmeiras. A sequência de títulos conquistados pelo time e a seriedade da gestão no departamento de futebol geraram uma imagem de credibilidade na opinião pública. A projeção da multinacional italiana foi marcante principalmente na mídia. Entre jogos televisionados do time, melhores momentos das partidas realizadas e reportagens na TV em 1999, a empresa esteve evidenciada durante 645 minutos no vídeo. Isso sem levar em conta os momentos em que esteve em mais de uma emissora de TV. Na mídia impressa a marca esteve presente em mais de 120 reportagens durante o ano de 1998. 

Palmeiras e River Plate  - 1999.
Outro exemplo de visibilidade marcante aconteceu durante o segundo jogo pela Copa Libertadores da América ocorrido em maio de 1999.O jogo que pôs em campo o Palmeiras e River Plate proporcionou à Parmalat mais de 214 aparições na tela da Globo, totalizando 11 minutos e 39 segundos; o equivalente a dois meses de investimentos no clube. A co-gestão esportiva é uma estratégia que permite a participação ativa do patrocinador a administração do esporte de uma equipe, preservando a tradição do clube.

No entanto, no patrocínio esportivo especificamente, os principais objetivos são potencializar a marca, devido ao intenso apelo do esporte na mídia e a dimensão do mercado e, o ganho de atributos pela marca, por meio da associação do nome da empresa aos atletas, eventos e equipes.
 "A credibilidade é um dos fatores fundamentais no marketing, pois a partir do momento que o consumidor acredita no produto, a sua relação com a empresa se torna mais próxima de um marketing de relacionamento, que é a ligação que todas as instituições procuram". (Cesar Augusto Sbrighi)

De 1995 a 2005 o mercado brasileiro de esportes movimentou cerca de US$ 9,5 bilhões, superando o total investido em mídia em todo o país – US$ 6 bilhões.

Segundo o Professor da Universidade Candido Mendes, André Salvador, lidar com a emoção dos torcedores é a grande fascinação do Marketing Esportivo. É uma forma muito mais simpática e envolvente de se comunicar, diferentemente do bombardeio diário e alucinante das milhares de mensagens publicitárias. É o momento em que o torcedor, vibra, discute, participa e principalmente, consome. Como disse no início, o futebol atinge a alma, o coração e se bem fundida com o marketing, atinge o bolso.

“Só o futebol permite que você sinta aos 60 anos exatamente o que sentia aos 6. Todas as outras paixões infantis ou ficam sérias ou desaparecem, mas não há uma adulta de ser apaixonado pelo futebol...”
(Veríssimo Estadão)



O Patrocínio Esportivo assegura os maiores retornos de mídia por valor investido, gerando, consequentemente, maior presença no mercado. O retorno no que se refere às vendas, no entanto, poderá ser medido de acordo com a "fama" da marca já existente. Portanto, mesmo que as vendas tenham dobrado durante uma campanha, isso não significa necessariamente um resultado positivo da ação. Mas, de certa forma, o maior crédito será atribuído a tal investimento.


Apresentação da CAIXA no uniforme do Flamengo


Em contraponto, o outro aspecto que geralmente preocupa possíveis investidores é o reflexo que uma derrota pode exercer à empresa que mantém seu nome ligado ao atleta ou à equipe. Nesse sentido, Afif acredita que a marca não sofre nenhuma influência no resultado da atividade, principalmente se este for negativo. "É claro que quando a equipe vence um partida muito importante, o retorno sofre ligeiro aumento. Nas derrotas, no entanto, o desempenho não é abalado", garante o autor.


Não podemos negar que tudo é dinheiro, então as empresas se aproveitam cada dia mais do amor do torcedor para “atacar” mesmo que sutilmente todos que estão em volta, inclusive às mídias como jornais, televisão e Internet.  Porém, se está rendendo a clube, o torcedor adota com amor.

Viva o  empreendedorismo‎!

Abs,

David Tavares.