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quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Ateus


Que jogo, que título, que festa. O Flamengo venceu o Atlético PR por 2 a 0 e se sagrou tricampeão da Copa do Brasil. Com a humildade dos jogadores e a moderada soberba de quem acompanhou da arquibancada, o rubro negro fez o Brasil tremer. Também pudera. Quase 70 mil no “Maraca” e milhões espalhados pelo mundo, o grito ecoava como se estivéssemos em um universo paralelo, e estávamos.

Um mundo diferente, similar ao olimpo, onde existem deuses dos mais variados.  De Dionísio a  Hera, onde a mistura das tribos se tornou marca. Do rico, que pode pagar R$ 500,00, ao pobre que compra o picolé torcendo para o palito ser premiado.

Foi claro que o gigante, que um dia comportou duzentas mil pessoas, hoje com 70, assustou os atleticanos que, provavelmente, torceram pra não encontrar o Flamengo na final. Triste, fraco, e claramente impotente contra os deuses do futebol, que claro, são rubro-negros.

Como Zeus, que é o deus principal, governante do Monte Olimpo, rei dos deuses e dos homens, assim é o Flamengo, hoje, rei do Brasil. Forte, opressor e muitas vezes soberbo, por seus títulos e glória.

Dorival não engrenou. Mano, não acreditou, por achar que os jogadores não entenderam suas mirabolantes filosofias. Jayme, talvez pela humildade, segurou as pontas como chance da vida, prato de comida. Como Andrade em 2009, deu certo. Aos trancos e barrancos, na raça, na camisa, conquistou.

Ninguém poderia acreditar que o limitado time do Flamengo chegaria nessa final ou que conquistaria o tal título. Mas mesmo assim, estavam lá, vibrando, cantando e sustentando o time em campo. A cada gol, eram registrados tremores de terra.

Era difícil. Mas parece que é assim que eles gostam. Quando não acreditam, vão lá e provam exatamente o contrário. Efeito reverso.

As competições são diferentes. Os títulos também. Mas no fim, o recado é sempre o mesmo: Flamengo é Flamengo. Quando chega...

E chegaram.

Os que não acreditam na tal força dos deuses, questionam, zombam, ou procuram defeitos ao invés de viverem, sentirem.

Acreditem, ateus! Flamengo existe.

David Tavares.

90 minutos



O Flamengo decide a Copa do Brasil, hoje, contra o Atlético Paranaense. Muito mais que os 90 minutos, o ano, a história. No primeiro ano do Eduardo Bandeira de Mello, onde a reestruturação era pauta, o resultado foi maior que a encomenda.

No meio do ano, “perspectivas obscuras”, como a própria diretoria admite. Mais trocas de técnico do que o planejado, resultados e atuações ruins. Hoje é o dia de apagar as linhas tortas e começar a escrever a elevada.

Em caso de conquista de título, o sucesso será inegável e os investimentos para o ano vêm terão que ser, obrigatoriamente, bem mais fortes e ousados, uma vez que o time disputará a Libertadores. O crescimento é óbvio.

A derrota não está em pauta para os quase 70 mil torcedores que estarão no Maracanã, e muito menos pelos tão comentados 40 milhões em todo o mundo. Mas em caso de derrota...

Os 90 minutos de hoje vão dizer ou mostrar a que veio o Flamengo. Darão o resultado parcial do ano. Vai dizer se a temporada foi, ou não, como o esperado. Quase um veredicto. Essa é a essência da torcida rubro-negra. Bom ou ruim em minutos, segundos.

Ainda não dá pra dizer quem será campeão. No embalo da torcida, talvez, o Flamengo tenha toda vantagem. Em campo, Atlético PR mais forte. Jogo duríssimo.

Hoje é céu ou inferno. Alegria ou tristeza.

90 minutos, pra quem sabe, ter um feliz ano novo.

David Tavares.