Mostrando postagens com marcador aniversário.. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador aniversário.. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 3 de março de 2015

Zico de todos

No mundo do futebol existem deuses de todos os tipos, cores, modos e linhagens. Uns fortes, outros fracos, mas de toda forma, deuses. Alguns superam a esfera da denominação e mesmo com humildade, se tornam criaturas da mais pura linhagem, raça única, sem mácula, sem ruga. E Arthur Antunes Coimbra, o Zico, é um desses deuses da bola. Nesta terça-feira, dia 3 de Março, completou 62 anos e não há como não prestar culto a tal data e figura honrosa. 

Zico é um deus popular, aquele que encantou no toque de lado, na virada de jogo, na matada do peito; aquele que jogava sem a intenção de impressionar, e por isso mesmo impressionou, impactou, assustou. Ai dos goleiros que se viam frente a frente com o Galinho de Quintino: era bola no canto, arqueiro no outro, sem chance. Zico fazia de uma simples partida, um espetáculo a parte, tratava o Maracanã como seu palco, um teatro quase sempre lotado.   

A reverência a ídolos máximos é algo irretocável. Neste país, quiçá no mundo, todos deveriam, como meros mortais, se prostrar perante a genialidade desse deus mitológico que é o Galinho. Seja qual for o seu time, cor, raça ou religião, saiba que esse deus existe e o culto não é mais que obrigação. Mas fique tranquilo, no meio de tantos mortais que fingem ser deuses, Zico é um deus que se faz mortal, democrático e de todos! 

Parabéns, Zico. 

David Tavares 
Twitter: @davidltavares

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Dias de luta, dias de glória!


Hoje, dia 21 de agosto de 2013, faz exatamente 115 anos que surgia o Clube de Regatas Vasco da Gama. Um dos times que mais contribuiu com o futebol brasileiro.

O cruzmaltino foi fundado por quatro remadores em 21 de agosto de 1898, voltado para o esporte marítimo. Seu primeiro time de futebol surgiu no fim de 1915. Para alegria do povo.

O nome Vasco da Gama é uma homenagem ao português: no ano de fundação do clube, comemorava-se o quarto centenário da descoberta do caminho marítimo às Índias. Um presente.

O Gigante da Colina nunca fugiu a luta, desde suas cores (preto, branco e vermelho), que se encaixam na ideia de uma comunhão de etnias. Foi o primeiro clube a eleger um presidente negro, Cândido José de Araújo, em 1904, foi valente.

Já na estreia fez o que ninguém imaginava, venceu a divisão de acesso do Campeonato Carioca em 1923, conquistando o seu primeiro Estadual logo no ano seguinte.

Depois da sensação, foi afastado da Associação Metropolitana por não ter um estádio e possuir atletas negros e mulatos. Continuou, batalhou e venceu.

Lutou contra preconceitos raciais e sociais nos anos 20, contribuindo decisivamente para que o futebol deixasse um esporte exclusivo de descendentes de ingleses, e foi o único que teve coragem de desafiar o sistema.

Deu a oportunidade de qualquer um, seja negro, branco, amarelo ou azul, colocar um uniforme e pelo menos tentar ser o herói.

Se não fosse esse clube, o mundo não teria conhecido Pelé.

Em 1927, com ajuda dos seus torcedores, construiu o maior estádio da América do Sul na época. São Januário, a casa do Vascaína.

Entre os principais títulos vascaínos destacam-se a Copa Libertadores da América de 1998, ano de seu centenário, e o Campeonato Sul-Americano de Clubes, em 1948.

Lutou, sofreu, perdeu e ganhou. Ninguém nunca disse que seria fácil, e não foi.

São Januário viu, ouviu e aplaudiu uma das histórias mais belas do futebol brasileiro.

Enfim, se você for vascaíno, Deus te abençoe, se não for, Deus te perdoe.

Parabéns, Vasco! #115anos

Abs.,
David Tavares.