A estreia da
seleção brasileira na copa não empolgou, muito menos a festa de abertura de competição. Foi bom e ponto, nada de extraordinário. Pra quem não assistiu a
partida, o placar de 3x1 sobre a Croácia pode dar a falsa impressão de facilidade.
O jogo foi duro, difícil, brigado, disputado até o último minuto.
Talvez pela
ansiedade de jogar uma copa do mundo em casa ou mesmo a emoção de cantar o hino
nacional à capela, junto ao torcedor, o nervosismo tenha tomado conta. O frio
na barriga, o olhar de milhões, a certeza de que esse é o grande momento na
vida de qualquer atleta.
O croatas jogaram
duro, marcaram, mostraram qualidade, tanto que começaram vencendo a partida com
um gol contra de Marcelo, uma fatalidade. Concordemos ou não, as subidas descabidas
dos nossos laterais, principalmente do Daniel Alves, são motivo de preocupação.
Pelo nosso lado,
Oscar foi destaque. Foi dele o passe para Neymar empatar a partida. Se Bernard tem
alegria nas pernas, o meia tem força, vontade, qualidade e apesar da pouca
idade, 22 anos, mostrou que pode ser exemplo aos nossos jovens maduros. A forte
sombra de Willian surtiu um efeito fabuloso, um incentivo a melhora. E
melhorou, jogou, brilhou.
Tão feio quanto
os xingamentos direcionados a presidente Dilma, foi o pênalti mandraque
assinalado pelo árbitro japonês Yushi Nishimura. Em 2010 nos tirou, ontem nos
devolveu. Fred, que nada fez na partida, se jogou descaradamente e o juizão
caiu na dele. Neymar bateu e fez. No fim, Oscar foi coroado com um golaço no
estilo Romário, de bico, no cantinho.
O resultado foi
bom para reforçar que copa do mundo é uma competição a parte, não pode existir
oba-oba, é pra valer. Perder nunca esteve nos planos do brasileiro e nunca
estará.
O primeiro passo
foi dado, e com pé direito! Vamos com calma, jogo a jogo, fase a fase. Faltam
apenas seis jogos para a grande final, e se tudo der certo, pintaremos a sexta
estrela na camisa mais vitoriosa da terra.
David Tavares
Nenhum comentário:
Postar um comentário