quinta-feira, 3 de abril de 2014

Camisa 10


Que bela partida pôde ser vista ontem, entre Flamengo e Emelec, em Guayaquil. É obvio que não pelo primor técnico, mas sim pela roda gigante de emoções. Vivo ou eliminado? Eis o coração rubro-negro no sofá de casa.

Ao contrário do que aconteceu em outros jogos fora de casa, o Flamengo fez o gol cedo. Como Maradona, que com a mão fez um gol histórico contra a Inglaterra na Copa de 86, o zagueirão do Emelec, esticou o bração para evitar o gol do Alecsandro. Mas de nada adiantou. Pênalti. E bem batido por sinal. 1x0.

O Emelec chegou a empatar com STRACQUALURSI, também de pênalti. É isso mesmo que você leu. STRACQUALURSI é o nome da fera. Com gol, esperava pressão dos equatorianos, mas não houve. O equatorianos vivem de força e vontade. Só.

Aí entrou o renegado Negueba, o alegria nas pernas, mas longe do Flamengo. E assim os torcedores queriam o jogador, longe. Mas foi ele quem fez a diferença, meus amigos. O moleque entrou e bagunçou. Alecsandro foi escolhido o melhor em campo, mas o garoto foi quem mudou tudo.

O empate era péssimo. Mas pra ser sincero, Flamengo tem um pouco dessa coisa do impossível, né? Não teria graça de fosse fácil. Para os rivais é chato. Mas pro torcedor... é uma confiança danada nesse timeco rubro-negro. 

Aos 48 minutos, empate decretado, Negueba descola aquele lançamento maroto pro Paulinho, que deu o último gás na corrida. A bola viajou e subiu, subiu, subiu. Não existe um flamenguista na face da terra, que tenha visto a partida, que não se levantou nessa hora. Impossível.

Pé de Paulinho e fundo das redes. 2 a 1, vitória improvável e decisão no Maracanã, quarta-feira, contra o León. Só a vitória interessa. Empate ou derrota significam ELIMINAÇÃO.

Portanto, é Maraca lotado e pressão nos mexicanos. O camisa 10 estará na arquibancada.

David Tavares

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