sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Bom senso: As faces da moeda



É muito bacana ver a atitude do BOM SENSO F.C. e as estratégias usadas para confrontar a Cbf e lutar pelo que entendem como um futebol melhor. Foi legal demais ver o início e agora, aos poucos, os resultados estão aparecendo. A Cbf já deu sugestões e mostrou que está avaliando cada situação. Protestos só funcionam com claras reivindicações e lideres. Caso contrário ele se perde no meio do nada.

Alex, Juninho, Seedorf.. Esses são nomes carimbados. Muitos outros estão atuando ativamente, mas nos bastidores. Ajuda.

Rodada após rodada os protestos estão acontecendo. Ajoelhados, sentados, batendo bola por alguns minutos, não importa! Está sendo feito. Estão atingindo alguém? Claro. Tanto que algumas respostas estão sendo dadas.

Tenho vergonha dos clubes. Omissos, covardes. Verdadeiros culpados por todos os erros da Cbf, já que sua diretoria é reeleita por vocês há anos. Aceitam tudo que lhes é imposto. É conivente com tudo o que acontece.

Podem exigir da CBF com os protestos, mas devemos saber que ela não toma nenhuma decisão sozinha. E que no caso, os clubes que, cruelmente, pisoteiam o nosso futebol. Não adianta esconder isso.

Os protestos devem ser direcionados a quem realmente tem culpa.

O outro lado

É muito bom ver os trabalhadores lutando por melhores condições de trabalho. Têm direitos. No caso dos jogadores, a maior luta é contra a enorme quantidade de jogos no campeonato. É legítimo.

Na próxima rodada, por exemplo, existiu a ameaça de parar o campeonato por conta dos quatro meses de “salários” atrasados no Náutico. Paralisação imediata. Legal, mas com ressalvas. Os líderes do Bom Senso F.C. recebem uma média de 200 mil reais/mês. No Náutico, três mil reais/mês.

Fazer greve ganhando números como esses, é um pouco mais fácil do que quem ganha menos. Os jogadores do Náutico, não têm saída, e nem mercado, para caso o clube tome bronca, dispense-os. Os medalhões, sim.

Salário atrasado não é novidade no Brasil. Mas porque contratar um jogador com cifras milionárias, se depois não terão condições de pagar? Incoerência.

Aos jogadores, seria bom pensar em um “Fair Play” financeiro, não? Jogadores inflacionados pelos nossos "queridos" cartolas, com salários astronômicos, e multas rescisórias milionárias. Deveriam pensar nisso.

Querem melhores condições, mas não abrem mão de 50 reais num salário de 500 mil. Todos têm o direito de lutar, buscar melhorias, mas também devem ter coerência na hora de cobrar.

Saber que parte disso é culpa dos clubes, cartolas e seus próprios empresários.

Abs.,
David Tavares

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Ateus


Que jogo, que título, que festa. O Flamengo venceu o Atlético PR por 2 a 0 e se sagrou tricampeão da Copa do Brasil. Com a humildade dos jogadores e a moderada soberba de quem acompanhou da arquibancada, o rubro negro fez o Brasil tremer. Também pudera. Quase 70 mil no “Maraca” e milhões espalhados pelo mundo, o grito ecoava como se estivéssemos em um universo paralelo, e estávamos.

Um mundo diferente, similar ao olimpo, onde existem deuses dos mais variados.  De Dionísio a  Hera, onde a mistura das tribos se tornou marca. Do rico, que pode pagar R$ 500,00, ao pobre que compra o picolé torcendo para o palito ser premiado.

Foi claro que o gigante, que um dia comportou duzentas mil pessoas, hoje com 70, assustou os atleticanos que, provavelmente, torceram pra não encontrar o Flamengo na final. Triste, fraco, e claramente impotente contra os deuses do futebol, que claro, são rubro-negros.

Como Zeus, que é o deus principal, governante do Monte Olimpo, rei dos deuses e dos homens, assim é o Flamengo, hoje, rei do Brasil. Forte, opressor e muitas vezes soberbo, por seus títulos e glória.

Dorival não engrenou. Mano, não acreditou, por achar que os jogadores não entenderam suas mirabolantes filosofias. Jayme, talvez pela humildade, segurou as pontas como chance da vida, prato de comida. Como Andrade em 2009, deu certo. Aos trancos e barrancos, na raça, na camisa, conquistou.

Ninguém poderia acreditar que o limitado time do Flamengo chegaria nessa final ou que conquistaria o tal título. Mas mesmo assim, estavam lá, vibrando, cantando e sustentando o time em campo. A cada gol, eram registrados tremores de terra.

Era difícil. Mas parece que é assim que eles gostam. Quando não acreditam, vão lá e provam exatamente o contrário. Efeito reverso.

As competições são diferentes. Os títulos também. Mas no fim, o recado é sempre o mesmo: Flamengo é Flamengo. Quando chega...

E chegaram.

Os que não acreditam na tal força dos deuses, questionam, zombam, ou procuram defeitos ao invés de viverem, sentirem.

Acreditem, ateus! Flamengo existe.

David Tavares.

90 minutos



O Flamengo decide a Copa do Brasil, hoje, contra o Atlético Paranaense. Muito mais que os 90 minutos, o ano, a história. No primeiro ano do Eduardo Bandeira de Mello, onde a reestruturação era pauta, o resultado foi maior que a encomenda.

No meio do ano, “perspectivas obscuras”, como a própria diretoria admite. Mais trocas de técnico do que o planejado, resultados e atuações ruins. Hoje é o dia de apagar as linhas tortas e começar a escrever a elevada.

Em caso de conquista de título, o sucesso será inegável e os investimentos para o ano vêm terão que ser, obrigatoriamente, bem mais fortes e ousados, uma vez que o time disputará a Libertadores. O crescimento é óbvio.

A derrota não está em pauta para os quase 70 mil torcedores que estarão no Maracanã, e muito menos pelos tão comentados 40 milhões em todo o mundo. Mas em caso de derrota...

Os 90 minutos de hoje vão dizer ou mostrar a que veio o Flamengo. Darão o resultado parcial do ano. Vai dizer se a temporada foi, ou não, como o esperado. Quase um veredicto. Essa é a essência da torcida rubro-negra. Bom ou ruim em minutos, segundos.

Ainda não dá pra dizer quem será campeão. No embalo da torcida, talvez, o Flamengo tenha toda vantagem. Em campo, Atlético PR mais forte. Jogo duríssimo.

Hoje é céu ou inferno. Alegria ou tristeza.

90 minutos, pra quem sabe, ter um feliz ano novo.

David Tavares.

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Uma matemática sem resultado


Após mais uma rodada do fraco Campeonato Brasileiro, vendo os cálculos dos matemáticos para a disputa de uma vaga na Libertadores e a briga para fugir do tão temido rebaixamento, foi possível pra perceber que, definitivamente, matemática e futebol não combinam e não podem ser colocados no mesmo saco.


Vejamos: o Fluminense tem 33% de chance de ser rebaixado e o Vasco 67%. Só que o Tricolor joga com o Atlético-MG e Bahia, que ainda correr risco de cair. Já o Vasco tem pela frente um Náutico (já rebaixado) e um Atlético-PR, que está "louco" para ver o Coritiba de novo na série B.

É claro que a situação do Fluminense, na lógica do futebol, é pior que a do Vasco, mas a “matemática" diz o contrário.

Já na briga pela libertadores, a coisa é diferente. A rodada foi ótima para o Atlético-PR, pois goleou o Náutico por 6 a 1 e levou o time aos 61 pontos, na vice-liderança e com 93% de chances de disputar a competição.

Menos mal para o Botafogo, que diminuiu a diferença na tabela para o Goiás e agora tem 49% de chances de abocanhar uma vaga após empatar no Morumbi com o São Paulo. Na próxima rodada, o alvinegro encara o Coritiba, fora de casa, enquanto o esmeraldino faz duelo direto contra o Grêmio, em Porto Alegre.

Portanto, se o Botafogo vencer o Coxa, que briga pra não cair, ocupa o lugar de um dos dois, Grêmio ou Goiás. Oportunidade clara, mas a “matemática”, mais uma vez, diz que não dá.

Futebol é vida ou morte, é lutar ou definhar na mão do “inimigo”. A hora essa. Se não fez, lamente e vá para o ano que vem com mais vontade. Se ainda dá, continue até o final.

Faltam duas rodadas, “matar” ou falecer. A matemática é bem legal e útil quando se trata de esporte.

E esporte é: Vôlei, basquete, hóquei...

Futebol é outra coisa.

David Tavares

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

O inesperado


Flamengo engatinha para o título
Que belo jogo pôde ser visto, ontem, na vila Capanema, entre Atlético PR e Flamengo. Melhor que isso, só o resultado de 1 a 1, que o Fla trouxe, jogando bem, pra decidir aqui no Rio, dia 27.

Apesar de tudo, esse resultado deve ser tratado como perigoso. Um 0 a 0 classifica o Flamengo, já o 1 a 0, Atlético PR. O 1 a 1, pênaltis, e em caso de empate por dois gols, o Furacão fatura o título.

A leve vantagem deve ser aproveitada, mas esquecendo o regulamento.

Não dá pra negar que ninguém esperava o Flamengo nessa final, grata surpresa. O embalo de seu torcedor foi o grande diferencial. E no próximo jogo não será diferente.

Mais de 45 mil ingressos já foram vendidos, expectativa de Maraca lotado.
Raça, amor e paixão, é assim que  a torcida vai empurrar o time, a plenos pulmões, até o último minuto.

Os ingressos foram até caros,  entre 250 e 800 reais, mas coxinhas também sabem gritar.

E o Atlético PR, morreu? Não, mas está ferido. Vem pra luta perdendo sangue.

Futebol e o inesperado são quase sinônimos. Não dá pra brincar.

Tudo indica que será um grande jogo.

Isso, claro, se o inesperado não surpreender.

David Tavares.

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Sem limites!


Não existe limite para desespero. O Fluminense mostrou isso hoje, e com rapidez. Depois de demitir Vanderlei Luxemburgo, o qual tinha um projeto até o fim do campeonato, e que na minha opinião, foi um erro desde o início, o tricolor conseguiu “piorar” sua situação e fechou com Dorival Júnior.

Digo erro, porque faltando 5 rodadas para o fim do campeonato, trocar técnico não resolve nada. E não me venha com esse papo de “choque no elenco”. Tradição idiota do futebol brasileiro.

O Fluminense virou uma bagunça, infelizmente. Não planejou bem, isso é claro. Desde o desmanche do elenco, demissão do Abel, até agora. Desespero total.

Vanderlei Luxemburgo foi contratado para salvar. Até um certo momento do campeonato parecia conseguir. Estava “garantido” no cargo, apesar das constantes frituras.

O problema é quem manda lá. O dono entende bem de planos... de saúde!

Dorival Jr. treinou o Flamengo, não foi bem. No Vasco, chegou pra salvar, somou 26 pontos em 27 jogos e obviamente foi mandado embora. Por que cargas d’agua a diretoria tricolor imagina, que o treinador consiga fazer em 5 rodadas, o que não fez nos últimos três anos?

Pra ele é muito simples. Se livrar do rebaixamento, é um herói. Se não conseguir, não tem culpa. Vem sem responsabilidade.

O desespero tricolor é claro. Não deixou pensar.

Pode ter sido fatal, infelizmente.

Abs.,
David Tavares

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Dia de festa!


Mesmo que seja por fingimento, o Flamengo não prega o “já ganhamos”. No jogo de hoje, no Maracanã, pelas semifinais da Copa do Brasil, o Goiás vem totalmente desfigurado. Sem Walter e Hugo, melhores jogadores do esmeraldino até aqui. Mas o “já ganhamos” pregou algumas peças durante a história do Flamengo, e imagino que não cairão nesta asneira, outra vez.

No fundo, no fundo, os rubro-negros sabem que estão com um pé na final. Não vão admitir, é claro. Mas a vantagem é sim, muito clara. Hoje é dia de festa no Maracanã.

Sessenta mil pessoas estão prontas e ansiosas para chegarem ao Maracanã e assistir ao jogo mais importante do Flamengo na temporada. Cantar, vibrar e empurrar o time até o final. A confiança do torcedor é forte, até porque, se não acreditassem, não estariam lá.

Depois de passar por Cruzeiro e Botafogo, o Goiás, que teoricamente seria mais fácil, e está sendo, é um presente agradável ao time que até ontem, não esperava grandes coisas em 2013.

A vitória por 2 a 1 em Goiânia, semana passada, deixa a equipe de Jayme de Almeida em situação confortável. Sem contar o desfalque do gordinho, que se configurava a grande ameaça rubro-negra. Hoje tem festa, é um fato.

No Flamengo, são 11 em campo, 60 mil nas arquibancadas, e muitos milhões fora dela, que fariam de tudo para estar nesta grande festa.

Que seja rubro-negra, sem surpresas.

Abs.,
David Tavares.

domingo, 3 de novembro de 2013

É o destino!


No Fla-Flu mais “pobre” dos últimos anos, o Flamengo, com um placar magro de 1 a 0,  venceu o Fluminense, se livrou do rebaixamento, e mais que isso, empurrou o tricolor pra perto do Z4. O Maracanã sofreu, mas assistiu um gol de Gum/Hernane no final, que pareceu ser coisa do destino.



Um dia antes, no sábado, depois de quatro jogos sem vitória, a última delas exatamente contra o Fluminense, o Vasco venceu o Coritiba por 2 a 1, e chegou aos mesmos 36 pontos que  time de Luxemburgo. Ah, o destino..

O destino, destino, destino..

Essa palavra, que um dia usada no mosaico, agora ecoa na cabeça dos tricolores.

Vasco e Fluminense, novamente, colocados lado a lado.

Agora, o destino mira o Flu intensamente. E o pior, é apontado como a única chance de salvação Cruzmaltina.

O mesmo clube que um dia estendeu as mãos, tirando da Série C direto para a A, que vale lembrar, não mostrou segundos de agradecimento, hoje quer a “cabeça” tricolor.

A mesma mão que os ajudou,  os puxará  pra baixo.

Não dá par lutar contra o destino. A injustiça deve ser reparada.

O Vasco não deve. O Flu, sim.

Desculpem-me, mas paguem a série B.

É apenas o destino!

Abs.,
David Tavares