Cuca há muito tempo carrega
a fama de conseguir montar grandes times, mas sempre acabar como derrotado.
Pé-frio? Apesar de dizer que acredita em sorte (mas só para quem trabalha
duro), o técnico fazia cara de poucos amigos e desconversava quando era
questionado sobre essa reputação negativa.
Com a histórica vitória
desta quarta-feira, no Mineirão, Cuca transformou-se no 13º técnico brasileiro
a se consagrar como campeão da Libertadores - e o título, inédito também para o
Atlético-MG, é a primeira grande conquista de sua carreira.
Apostando no talento de
Ronaldinho Gaúcho, Diego Tardelli, Bernard e Jô, a equipe de Cuca fez uma
primeira fase arrasadora, garantindo a primeira colocação do Grupo 3, o mesmo
do São Paulo, com duas rodadas de antecipação.
Apontado como um dos
favoritos ao título desde o começo da competição, Cuca calou os críticos que
ainda o enxergavam como um "cavalo paraguaio", aquele que sempre
parece que vai vencer mas invariavelmente fica pelo caminho.
Essa fama cresceu no
Campeonato Brasileiro do ano passado, onde o Atlético de Cuca fez um excelente
primeiro turno, mas caiu de produção e foi superado pelo Fluminense.
Nesta Libertadores, porém,
o técnico conduziu seu grupo sem hesitação, dando sinais de que era um time
campeão em todas as etapas do torneio.
O técnico campeão da
América agora promete prolongar a boa campanha em Minas Gerais e conquistar uma
fama diferente: a de vencedor de grandes títulos.
Valeu, Cuca.
Abs.,
David Tavares